terça-feira, 23 de março de 2010

Frágiles (2005)

Depois de quase um século o Hospital Pediátrico de Mercy Falls está prestes a fechar suas portas para sempre, mas um acidente de trem deixa os hospitais locais sem leitos e eles terão de esperar mais alguns dias. Amy, uma jovem enfermeira, é enviada para tentar contornar a situação, mas ela logo detecta algo estranho no ar. As crianças estão nervosas e com medo de algo intangível, invisível, algo que dizem viver no segundo andar: o andar que foi fechado e isolado há quarenta anos atrás. Essa misteriosa presença vai ficando cada vez mais evidente e para desvendar o mistério e proteger as crianças, Amy terá de enfrentar todos os medos. Porém, o mistério é muito maior do que todos esperavam. Mais obscuro. Mais sinistro. Mais perigoso.
Frágiles, conhecido como Fragile internacionalmente e como Terror em Mercy Falls no Brasil, é uma coprodução espanhola-inglesa. Segunda produção em inglês do diretor espanhol Jaume Balagueró, que também dirigiu [REC] e [REC]2. Tem nota 6,3 no IMDb.
Qualquer filme com crianças feridas ou maltratadas chama a atenção. Mas o maior destaque de Frágiles é transformar uma ideia banal e explorada demais (maldições fantasmagóricas em hospitais) em algo misterioso e que acaba prendendo nossa atenção até o final. O ambiente é muito bom, a atmosfera foi muito bem construída, a história é convincente, e não apenas mais do mesmo. Além de tudo o elenco trabalha de forma eficiente. O filme nos dá tempo para que tenhamos uma boa compreensão dos personagens, até sentirmos uma certa empatia por eles.
Balagueró tornou-se um dos grandes diretores europeus de filmes de terror. O diretor tem um estilo incrivelmente sutil. Ele também joga com uma excelente reviravolta, além de não ter medo de correr riscos como cineasta (como podemos perceber no final do filme).
Numa entrevista informal ele descreveu Frágiles como sendo “Um terror sem vísceras nem sangue, um terror psicológico […] uma história de amor como aquelas que uma avó conta aos seus netos.” Na verdade existe um pouco de terror visceral e existe bastante sangue, além disso uma avó não contaria uma história destas aos netos. Contudo, ele tem razão quando diz que é uma história de amor, é uma história bonita que se vê com gosto e não é tão assustadora como pareceria. Uma abordagem muito bela e sensível. O terror faz lembrar os asiáticos Ju-On e Ringu, o toque europeu é ligeiramente diferente, é mais suave e eficaz. Frágiles com certeza é um de seus melhores trabalhos.
O final realmente é impressionante e pode levar pessoas mais sensíveis às lágrimas, especialmente as mulheres. Um filme que por ser diferente surpreende agradavelmente! Tem um toque inteligente, que deixa com a boca aberta! Não tem o propósito de dar sustos, e sim de deixar o espectador tenso...
Sabe aqueles filmes que parecem que mal começaram e já estão terminando? Pois é, Frágiles é um desses. Tem um bom ritmo e é imprevisível! Quer assistir com legendas em português? Então fiquem à vontade...

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