sábado, 23 de maio de 2009

Tulitikkutehtaan Tyttö (1990)

The Match Factory Girl (conhecido no Brasil como A Menina da Fábrica de Fósforos) é uma produção finlandesa dirigida por Aki Kaurismäki.
The Match Factory Girl é um filme sobre uma existência vazia, uma existência que se resume ao trabalho na fábrica de fósforos, livros românticos bobos e eventuais bailes frustrados. Após essa longa existência patética, Iris, uma jovem supervisora de embalagens de fósforo, compra um vestido, vai à uma discoteca mais descolada que os bailes que costumava ir, e tem sua monótona vida modificada por um homem bem vestido que a convida para dançar e ir ao seu apartamento.
Grávida e feliz, ela aprende sobre a realidade da vida quando o amado envia o cheque para um aborto.
Impressiona muito a vontade do diretor, Aki Kaurismäki, em dizer até onde uma pessoa sem horizonte pode ir. Ele está longe de ser otimista ou ter uma visão romantizada e longe de dar qualquer perspectiva a ela. Mas transforma a vida de Iris de um drama silencioso e frio à uma comédia de humor negro.
Mas o que é curioso neste singelo trabalho é que o embrião do cinema do Kaurismäki está todo lá: como as questões sociais se misturam com as questões individuais numa narrativa que foge do realista e que buscam, em vez disso, um tom de fábula, como a miséria da vida se expressa através de personagens mudos ou silenciosos. Porque não há muito diálogo, mas há abundância de significado, tudo é cheio de drama humano. No fundo Kaurismäki apela para os nossos sentimentos e compaixão com o drama da protagonista.
Assistir a The Match Factory Girl é beber da cultura finlandesa, além de ser realmente uma obra-prima. É um filme com um sentido e que certamente tem uma mensagem para todos nós.
Afinal, um filme com uma nota de 7,7 no IMDb merece ser visto com legendas em português, vocês não concordam?

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2 comentários:

Anônimo disse...

E uma triste historia da menina, mas e real, em tudo mundo ha pessoas pouco afortunadas.
Obrigado

Tomate disse...

Realmente, uma triste história...
Abraços, Anônimo!