Quase no final de 2006 um surpreendente filme vindo da Hungria causou escândalo e perplexidade na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo: Taxidermia, dirigido pelo jovem e talentoso György Pálfi.
A história da Hungria e da Europa Central é apresentada como um conto de terror por meio da vida de três gerações (avô, pai e filho), da Primeira Guerra Mundial, passando pela implantação do regime comunista, até os dias atuais. O avô é um assistente hospitalar sonhador, em busca do amor; o pai, um homem que vive das glórias do passado e almeja desesperadamente o sucesso; o filho, um taxidermista na trilha da imortalidade. O roteiro parte de contos escritos por Lajos Parti Nagy, e a trilha sonora é assinada por Amon Tobin, que nasceu no Rio de Janeiro e pratica o trip-hop.
Perturbador ao extremo, Taxidermia tem muitas influências de David Cronemberg e de David Lynch também.
Esse filme húngaro realmente bizarro e grotesco, mas ao mesmo tempo cativante, pode ser visto sob diversos ângulos. De fato, quem não está acostumado com o cinema alternativo irá estranhá-lo e muito. Vale dizer que, apesar de adotar histórias estranhas que se utilizam de imagens quase sempre fortes, a discussão proposta pelo filme é de uma beleza incrível. Nas três histórias o elo comum é a temática da solidão.
Em uma primeira análise, o filme pode parecer somente apenas bom, com algumas partes bem interessantes mas, depois de assistir à maravilhosa cena final, quem revisitá-lo perceberá que ele é muito mais complexo do que aparenta a sua crueldade.
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Um comentário:
Bizarro!
Thanks. ;->)
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